Num briefing na sua sede, no concelho de Oeiras, pelas 12:00, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou que o concelho de Seixal, no distrito de Setúbal, registou 34 desses desalojados, destacando-se ainda os concelhos de Coruche (Santarém) e Loures (Lisboa).
O anterior balanço, feito na noite de terça-feira, dava conta de 82 desalojados.
Desde as 00:00 de terça-feira, registaram-se 3.552 ocorrências relacionadas com o mau tempo, a maior parte no distrito de Lisboa (2.722), seguindo-se Setúbal, Portalegre, Santarém e Coimbra.
Lisboa, Loures, Sintra, Oeiras e Cascais estão entre os municípios mais afetados, bem como Arronches, Sousel, Campo Maior e Fronteira, no distrito de Portalegre.
Segundo o comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, no total das ocorrências “houve necessidade de fazer sete intervenções com equipas médicas”, sendo que quatro pessoas foram assistidas no local e as restantes são feridos ligeiros.
Atualmente, Loures e Odivelas concentram a maior parte das equipas de socorro, adiantou o comandante, explicando que os meios de reforço solicitados para o distrito de Lisboa ainda se encontram no terreno, nomeadamente as corporações de bombeiros de Santarém, Leiria e Viseu, mas as Forças Armadas já desmobilizaram.
O “episódio de precipitação intensa” sentido hoje de manhã causou uma “inundação urbana” em Setúbal, onde estão “operações a decorrer” e “não há registo de vítimas”, acrescentou.
Segundo André Fernandes, neste momento existem “cinco planos municipais de emergência ativos”, quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro.
No que à circulação diz respeito, as estradas mais complicadas são a Autoestrada 8 (A8), no acesso a Frielas/Loures, e o Itinerário Principal 2 (IP2), entre Monforte e Elvas.
O comandante referiu ainda “alguma afetação na ferrovia” da Linha de Cascais e confirmou que a estação de Algés, no concelho de Oeiras, “ainda não faz tomada de passageiros”. Já no Metropolitano de Lisboa, os constrangimentos são “pontuais” e sem impacto na circulação.
A agitação marítima vai continuar, pelo que foi repetido o apelo para que se evite a circulação junto à costa.
A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas sobretudo nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre.
Todos os distritos do continente português estão hoje em aviso amarelo (o menos grave de uma escala de três) relativamente à precipitação, até às 18:00.
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