O comandante Miguel Oliveira, da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), disse à agência lusa que “a noite foi calma, sem aquele número de ocorrências que tem sido registado desde o dia 27”

Em Faro e Setúbal, que durante o dia de quinta-feira foram dos distritos mais afetados, a situação também normalizou.

“As situações foram sendo resolvidas, como na Marginal, mas há outras, como a Trafaria, que vão precisar de alguns dias”, afirmou Miguel Oliveira, acrescentando: “As ações iniciais foram tomadas, os estragos identificados e agora é necessário algum tempo e a melhoria das condições para [as situações] irem sendo resolvidas”

A Proteção Civil registou entre as 18:00 de terça-feira e as 20:00 de quinta-feira 1.157 ocorrências devido ao mau tempo em Portugal continental, sobretudo quedas de árvores, limpezas de vias devido à queda de neve, quedas de estruturas e inundações.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a chuva vai manter-se em Portugal continental pelo menos até ao final da próxima semana e o vento vai continuar forte, mas com tendência para diminuir.

“Nos próximos dias vamos continuar sob a influência de uma depressão, já não é a Emma porque se dirige para as ilhas britânicas, mas temos outro núcleo depressionário que está no Atlântico e vai permanecer pelo menos até dia 05 [segunda-feira], havendo uma probabilidade de que até dia 09 ou 10 haja ainda continuação de um cenário depressionário”, disse à Lusa a meteorologista Maria João Frada.

Relativamente à agitação marítima, Maria João Frada adiantou que vai continuar forte no litoral a sul do Cabo Mondego com ondas de sudoeste com 4 a 5 metros, com tendência para diminuir gradualmente para os 3 a 4 metros e, no Algarve, para 2,5 e 3,5 metros.

O IPMA colocou sob aviso amarelo, um dos menos graves, os distritos de Aveiro, Leiria, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro até às 09:00 de sábado.