Na semana passada, o Ministério da Saúde autorizou a abertura de 200 vagas para assistente graduado sénior, o topo da carreira médica, mas apenas 29 dessas 200 vagas contemplam a medicina geral e familiar.

Em comunicado hoje divulgado, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) acusa o Ministério da Saúde de estar a fazer uma “manifesta opção política de esquecimento dos médicos de família”.

Segundo as contas da associação, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem 17.905 médicos, 5.415 dos quais são médicos de família, o que representa cerca de 30%.

“Ao abrir apenas 29 vagas para assistente graduado sénior da carreira médica de MGF - 14,5% do total de vagas disponibilizadas - o Ministério da Saúde está a fazer uma manifesta opção política de esquecimento dos médicos de família e uma visível orientação contra o desenvolvimento do ‘pilar do SNS’”, afirma a direção da Associação de Medicina Geral e Familiar.

No entender dos médicos de família, deviam ter sido abertas mais de 60 vagas para recrutamento de assistentes graduados seniores da carreira médica de medicinal geral e familiar.

Perante o mapa de vagas publicado, a Associação vem repudiar o que entende como “evidente falta de investimento nos cuidados de saúde primários”, manifestando o seu desagrado com uma “opção política desajustada e incompreensível à luz do discurso político do Governo”.