A demissão dos 13 membros do conselho nacional operacional da LBP, órgão consultivo da Liga e constituído por um representante de cada federação distrital dos bombeiros, está relacionado com “a falta de diálogo e auscultação” por parte da direção da LBP.
No entanto, o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, recusou esta falta de diálogo e sustentou que a Liga não fica mais fragilizada com estas demissões, uma vez que esta estrutura é de aconselhamento e os seus órgãos são eleitos pelas federações.
O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, António Carvalho, disse à Lusa que os conselheiros daquele órgão consultivo pediram reuniões à direção da LBP para tratar de “assunto operacionais”, designadamente vacinação dos bombeiros contra a covid-19, equipamento de proteção individual e próxima época de incêndios florestais, mas não foi obtida qualquer resposta.
Segundo o mesmo responsável, os 13 membros do conselho nacional operacional da Liga dos Bombeiros Portugueses que pediram a demissão foram os representantes das federações de Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real, Viseu, Viana do Castelo e Região Autónoma da Madeira.
A última vez que o conselho nacional operacional esteve reunido com a LBP foi em 13 de novembro.
Contactado pela Lusa, o presidente da LBP lamentou as demissões, mas garantiu que apenas chegou à direção um pedido de reunião para “discutir questões de estratégia operacional dos bombeiros portugueses” e que os conselheiros "nem deram tempo para uma resposta”.
Jaime Marta Soares disse que este órgão consultivo, que “não tem qualquer competência vinculativa e deliberativa”, costuma reunir-se com a direção da liga na véspera do conselho nacional da LBP.
Cerca de 15.000 bombeiros vão começar esta semana a ser vacinados contra a covid-19.
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