“O PSD/Madeira ganhou estas eleições de forma clara e inequívoca, deixando o segundo partido, o Partido Socialista da Madeira, a mais de 20.000 votos e com uma diferença de oito mandatos”, afirmou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas, na sede do partido, no Funchal.
Miguel Albuquerque disse que a esquerda foi “copiosamente derrotada pelo povo madeirense”, salientando que “para além da derrota do PS/Madeira, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista deixaram de fazer parte do parlamento regional”.
O líder social-democrata declarou estar agora disponível para dialogar com “todos os partidos”, mas não mencionou nenhuma força política em concreto, nem se pretende governar em minoria, negociar um acordo de governo ou parlamentar.
“Vamos ver”, disse.
As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorreram hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores foram chamados a votar, para escolher um novo parlamento e um novo governo.
As mesas de voto das eleições legislativas madeirenses encerraram às 19:00 nas duas ilhas do arquipélago, Madeira e Porto Santo.
Catorze candidaturas disputam os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos, seguindo-se o JPP, com nove, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.
A maioria absoluta requer 24 assentos.
No ano passado, nas anteriores regionais, o PSD e o CDS-PP, que concorreram coligados, elegeram 23 deputados, pelo que os sociais-democratas assinaram um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN.
O PSD, que preside ao executivo regional desde as primeiras eleições em democracia, perdeu pela primeira vez a maioria absoluta em 2019 e, após as eleições, assinou um acordo com os democratas-cristãos, com os quais governou nas duas últimas legislaturas.
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