Sidney encontra-se há várias semanas debaixo de fumos tóxicos por causa das centenas de incêndios que lavram no leste da Austrália.

Os hospitais da cidade registaram na última semana um aumento de 25% de casos de urgência na sequência dos fogos.

Na terça-feira o fumo que se faz sentir na cidade fez disparar alarmes de incêndio o que provocou a evacuação de edifícios públicos e casas de habitação tendo-se verificado igualmente cortes nas ligações ferroviárias e encerramento de estabelecimentos de ensino.

Os fogos de grande dimensão na Austrália voltaram a lançar o debate sobre as alterações climáticas estando os cientistas a alertar que este ano os incêndios fora de época são provocados e agravados pelo aquecimento global.

Hoje, em protesto pela situação que se verifica na Austrália milhares de pessoas juntaram-se em Sidney.

A polícia refere que se juntaram 15 mil manifestantes, mas os organizadores falam de um número superior aos 20 mil que exigem respostas imediatas por parte do governo.

O primeiro-ministro Scott Morrison, defensor da indústria mineira australiana, tem evitado abordar a questão dos fumos tóxicos que afetam cidades como Sidney, preferindo visitar as comunidades rurais que são afetadas diretamente pelos incêndios.

O fumo dos incêndios florestais é um dos principais responsáveis pela poluição atmosférica na Austrália.

A comunidade científica australiana alertou recentemente através do portal The Conversation que as partículas que se encontram nos fumos podem alojar-se nos pulmões e provocar graves danos na saúde, sobretudo nas pessoas que sofrem de asma ou outras doenças respiratórias.