Os manifestantes juntaram-se hoje, depois de no fim de semana protestos pró-governo ocuparem as ruas em frente ao ministério público, apoiando o ministro da justiça Cho Kuk.

As ruas da capital estão hoje divididas entre manifestações pro-Cho e anti-Cho, grupos que durante semanas alternaram os protestos em áreas separadas pelo rio Han, que travessa a capital, após a recente nomeação do ministro ter dividido politicamente a nação.

A contestação a Cho teve início quando a sua mulher, uma professora universitária, e outros familiares começaram a ser investigados por investimentos financeiros desonestos e atividades fraudulentas relacionadas com a entrada da filha do casal numa das melhores universidades de Seul e numa faculdade de medicina em Busan.

O ministro, de 54 anos, que ocupou o cargo de secretário sénior para serviços civis do atual Presidente Moon Jae In, rejeitou todas as acusações e afirmou que vai mudar o sistema judicial prometendo inibir os poderes de procurados estatais, mesmo com a atual investigação à sua família.

Os planos de Cho incluem a redução do número de investigações diretamente iniciadas por procuradores, que pela lei têm autoridade exclusiva para indiciar e emitir mandados sobre suspeitos e sobrepor-se a investigações policiais.

Segundo a polícia e os organizadores da manifestação o número de manifestantes estaria na casa das dezenas de milhares de pessoas, avançou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

Os especialistas alegam que a manifestação anti-Cho de hoje foi mais pequena do que as do dia 03, na qual teriam estado centenas de milhares de pessoas.

Os apoiantes de Cho planeiam outra manifestação para sábado.

Deputados do partido de Moon, que têm encorajado os apoiantes do Governo a manifestarem-se nas ruas, alegaram que os procuradores estão a conduzir uma investigação excessiva como tentativa de resistir às reformas planeadas pelo ministro.

Os críticos dizem que os procuradores sul-coreanos têm demasiado poder e que, por este motivo, já foram usados por Governos anteriores como ferramentas políticas para suprimir oponentes.

A discussão pública e política sobre o caso danificou a imagem reformista do chefe de Estado, fazendo com que a sua popularidade atingisse o nível mais baixo desde que foi nomeado em maio de 2017, de acordo com os recentes inquéritos da Realmeter.

O Presidente Moon sofre outras pressões, como o mercado de trabalho enfraquecido, a luta comercial com o Japão, a propagação da febre suína africana no país e a falta de progresso na diplomacia com a Coreia do Norte.

A descida na popularidade, de cerca de 44,4%, poderá ser prejudicial para os liberais do Presidente Moon nas eleições legislativas de abril.

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