O presidente da APG, César Nogueira, disse à agência Lusa que, como os militares não estavam a ser pagos de acordo com a tabela em vigor para os serviços remunerados, “pediram esclarecimento ao comando-geral [da GNR] e, em vez de atualizarem a verba pela tabela em vigor, a verba foi suspensa e desde janeiro que não recebem”.
Os atrasos, segundo o dirigente, “estão a trazer constrangimentos”.
Pela tabela em vigor, cuja última atualização foi feita há um ano, estes profissionais teriam direito a receber cerca de 400 euros acrescidos ao salário base.
Aqueles profissionais estavam a ser pagos abaixo desse valor, ao abrigo de um acordo estabelecido em 1995 entre a GNR e o Banco de Portugal, motivo pelo qual a remuneração que vinham a auferir “não era atualizada há mais de 20 anos”.
Se recusarem o serviço, os militares podem ficar sujeito a processo disciplinar pela GNR.
Contactado pela Lusa, o Ministério da Administração Interna esclareceu que “a atividade de proteção das instalações do Banco de Portugal no Carregado carece de ser regulamentada por portaria, que está em fase de resolução”.
“Os militares que ali têm prestado serviço auferiam uma prestação mensal nos termos de um protocolo, que será substituído pela devida portaria”, adiantou o MAI.
Segundo a APG, a tutela prometeu resolver o problema em setembro, o que não aconteceu. Questionado, o MAI não avançou quaisquer prazos.
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