“Na próxima semana assinaremos um protocolo com o Ministério da habitação, a quem entregaremos os primeiros 44 imóveis da Justiça, antigas casas de magistrados, que serão objeto de recuperação pelo IHRU [Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana], para serem colocados no Programa de arrendamento acessível, com opção de acesso para quaisquer trabalhadores da Justiça, que preencham os critérios de elegibilidade do Programa”, disse Catarina Sarmento e Castro durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
A ministra adiantou que vai assinar um protocolo com o Ministério da Habitação para esse intuito, com vista a “inverter o desinvestimento que durante décadas existiu na habitação dos trabalhadores da Justiça”.
O reforço do mercado de arrendamento acessível é uma das medidas inseridas no pacote “Mais Habitação” aprovado recentemente pelo Governo.
O pacote de medidas proposto pelo Governo tem um custo estimado em 900 milhões de euros e propõe responder à crise da habitação com cinco eixos: aumentar a oferta de imóveis utilizados para fins de habitação, simplificar os processos de licenciamento, aumentar o número de casas no mercado de arrendamento, combater a especulação e proteger as famílias.
Entre as medidas anunciadas estão, entre outras, apoios diretos às rendas, suspensão de novas licenças para alojamento local e reavaliação das já existentes, arrendamento forçado de casas devolutas em condições de serem habitadas e obras coercivas em casas devolutas, o fim dos vistos ‘gold’ e a simplificação dos licenciamentos.
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