Em comunicado o gabinete liderado por Matos Fernandes refere que foi realizada no local uma inspeção extraordinária na última segunda-feira, tendo sido recolhidas amostras de água das torres de refrigeração e do tanque de arrefecimento e que os resultados analíticos conhecidos hoje "revelaram a ausência de Legionella pneumophila em todas as amostras recolhidas".
"[Confirma-se] que a empresa se encontra a dar cumprimento ao plano de manutenção das instalações. Não se verifica, assim, qualquer risco decorrente destas, e, por essa razão, não se justifica a adoção de quaisquer medidas subsequentes", lê-se na nota do Ministério do Ambiente.
A Direção-Geral de Saúde (DGS) avançou na segunda-feira que tinha sido detetado um caso na fábrica da Maia, estando outros outros sete "em estudo".
Hoje foi confirmado um novo caso de "doença dos legionários" no concelho da Maia, distrito do Porto, subindo para três o número de confirmações de pessoas infetadas com a bactéria, uma vez que já terça-feira tinha sido confirmado um segundo caso.
Segundo a DGS este terceiro caso, notificado através do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), refere-se a um doente que se encontra internado no Centro Hospitalar de São João, no Porto, com "estado clínico considerado estável".
A DGS adianta que se mantém o nível de alerta, mas reitera que "a população residente no concelho da Maia não precisa de tomar cuidados adicionais", acrescentando que "os trabalhos conduzidos pela Inspeção-Geral do Ambiente (IGAMAOT) confirmam que a unidade fabril está em condições de continuar a laboração".
Também no seu comunicado, o Ministério do Ambiente destaca que a Sakthi havia sido inspecionada pela IGAMAOT no dia 26 de abril de 2016, tendo, à data dessa inspeção, "evidenciado o cumprimento das obrigações legais em matéria de controlo de Legionella pneumophila, designadamente através do cumprimento de um plano de manutenção e de realização periódica de análises".
"À data da referida inspeção não se verificava, assim, qualquer incumprimento legal. A IGAMAOT continuará a acompanhar o desempenho ambiental da referida empresa", termina a nota.
Esta manhã o vice-presidente da Câmara da Maia afirmou que "a população do concelho pode estar muito mais tranquila", porque o assunto relacionado com o surgimento de casos da "doença dos legionários" numa fábrica do concelho está "resolvido".
Instalada na Maia há 45 anos, a Sakthi Portugal opera na área da fundição de componentes para o setor do automóvel e é detida a 100% pela Sakthi Índia, empregando cerca de 520 trabalhadores e tendo uma faturação anual de 35 milhões de euros.
A doença, provocada pela bactéria 'legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
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