Numa nota hoje publicada na página da internet, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) adianta que o Ministério Público (MP) acusou os 13 arguidos por associação criminosa, branqueamento de capitais, roubo qualificado, rapto, extorsão, furto, recetação, tráfico de droga, detenção de arma proibida, abuso de cartão de crédito ou garantia e ofensa à integridade física.

A PGDL refere que um dos arguidos criou, antes de maio de 2015, um grupo, a que aderiram nove outros arguidos, com a finalidade de “se apropriarem do dinheiro que era ganho no jogo por frequentadores do Casino de Lisboa”.

Os arguidos, dividindo as tarefas entre si, "estudavam as rotinas das vítimas, seguiam-nas e usando a violência ou privando-as da liberdade obrigavam-nas a entregar avultadas quantias em dinheiro e objetos de valor".

Com os montantes, na ordem dos milhares de euros, os arguidos adquiriram veículos automóveis que foram registados em nome de duas outras arguidas, visando ocultar a sua proveniência ilícita, adianta a PGDL, sublinhando que alguns dos objetos foram adquiridos por outro arguido, que era conhecedor da sua proveniência.

A PGDL acrescenta que um dos arguidos tinha na sua posse uma arma e dois outros dedicavam-se ao tráfico de droga.

Segundo a PGDL, seis dos 13 arguidos encontram-se em prisão preventiva.

O MP, que classificou o processo de “excecional complexidade”, indica ainda que foi requerida a perda a favor do Estado de grande número de bens apreendidos, entre os quais veículos automóveis e elevadas quantias monetárias.

O inquérito foi dirigido pelo MP do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa com a colaboração da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária.