Em nota publicada na sua página, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto refere que o Ministério Público (MP) considerou indiciado que a relação entre a arguida, nascida em 1996, e o companheiro “se mostrou sempre conturbada”.
Segundo a acusação, a culpa era da arguida, por ser “possessiva, controladora, manipuladora e obcecada pela vítima”.
O MP diz que a arguida vigiava as redes sociais Facebook e Instagram do companheiro, controlava-lhe o telemóvel e dirigiu-lhe insultos, nomeadamente através de mensagens de telemóvel.
A acusação acrescenta que a arguida socou e arranhou o companheiro, encetou discussões em locais públicos por motivos de ciúmes e enviou-lhe mensagens de forma insistente para o telemóvel, a qualquer hora do dia ou da noite, como forma de pressão psicológica.
Na madrugada de 17 de outubro de 2017, em Fafe, onde residiam, a arguida terá encetado com o companheiro uma discussão, alegadamente depois de lhe ter consultado no telemóvel as mensagens no Facebook e ter verificado que ele enviara os parabéns a uma outra mulher.
“Na sequência da discussão, pelas 04:15, como o companheiro fizesse tenções de abandonar a residência, não acedendo aos seus pedidos para que ficasse, a arguida, com uma faca que trouxera da cozinha, desferiu-lhe um golpe no pescoço, matando-o”, refere ainda a acusação.
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