Constança Urbano de Sousa falava na sessão de abertura do Seminário Internacional "Estratégias de Comunicação no Contexto do Terrorismo", que decorre em Lisboa.
A ministra referiu que, com o progresso das comunicações, a internet e o ciberespaço tornou-se num "importante veículo" de propaganda e radicalização de estrangeiros por grupos terroristas de natureza jihadista, como é o caso do Daesh e da Al Qaida.
Segundo Constança Urbano de Sousa, estratégias de comunicação "bem orquestradas" permitem às organizações jihadistas penetrar e recrutar apoiantes na Europa e em outras sociedades democráticas, pelo que é crucial que os Estados desenvolvam "estratégias de contra-narrativa para contrariar o ódio, os afeitos do terror e a insegurança" que esses grupos pretendem causar.
A ministra falou ainda da Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo, da responsabilidade dos Media em não servir de palco à propaganda do terrorismo jihadista e no papel comunicacional que a União Europeia deve assumir no contraterrorismo, incluindo nas redes sociais.
Na sessão interveio também, entre outros, o secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, que apontou os estratagemas utilizados pelo jihadistas para dar "impacto comunicacional" aos ataques perpetrados, por forma a "condicionar" os Estados e fazer a "exploração política e social dos atentados terroristas".
O dirigente do SIRP advertiu ainda para o perigo dos media se transformarem, em determinadas situações, no "megafone dos terroristas".
O antigo comissário europeu António Vitorino e o historiador Pacheco Pereira são algumas das figuras convidadas a intervir nos seminário, que conta ainda com a participação de vários responsáveis pelo serviço de informações estrangeiros, incluindo Noruega, Canadá e Espanha.
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