Numa nota enviada à comunicação social, Graça Fonseca refere que este prémio “homenageia figuras ímpares da cultura europeia que, à imagem de Helena Vaz da Silva, compreendem a importância da preservação do património cultural”.

“Permite-nos, assim, homenagear este ano o trabalho de José Tolentino de Mendonça, que da poesia ao ensaio, do ensino ao seu trabalho como arquivista do Arquivo Apostólico do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica Vaticana, tem prestado um contributo fundamental à cultura portuguesa”, acrescenta a ministra.

A atribuição da edição de 2020 do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva ao cardeal e poeta madeirense Tolentino Mendonça foi conhecida no sábado, três dias depois do seu discurso nas comemorações do Dia de Portugal, em Lisboa, em que defendeu ser preciso “reforçar o pacto comunitário” e “relançar a aliança intergeracional”, rejeitando a ideia de “arrumar a sociedade em faixas etárias” e afirmando que “a vida é um valor sem variações”.

Segundo Graça Fonseca, a sua intervenção no 10 de Junho “é exemplo de uma obra em que a poesia é presença permanente, mesmo quando não recorre aos versos, e num trabalho que a partir da língua une tempos e espaços, culturas e identidades, Portugal ao mundo, e nós, uns aos outros”.

A ministra diz ainda que “a cultura é curiosidade e inquietação, mas também gesto de aproximação e generosidade, algo que parte do íntimo para o plural”, e considera que “este é um significado que a obra de José Tolentino de Mendonça oferece a quem tem o prazer de o ler”.

Os membros do júri do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural manifestaram-se “impressionados com a capacidade que Tolentino Mendonça demonstra ao divulgar a beleza e a poesia como parte do património cultural intangível da Europa e do mundo”.

Tolentino Mendonça, poeta, teólogo, sacerdote e professor universitário, nascido em 1965 na ilha da Madeira, reagiu à notícia manifestando-se “muito honrado por esta atribuição”, disse que ainda mais o responsabiliza e que acredita “será vivida com alegria pela Biblioteca e o Arquivo Apostólicos do Vaticano”, onde trabalha, “e que constituem um extraordinário exemplo do património cultural que a Europa construiu e constrói”.

A cerimónia de atribuição do prémio terá lugar no outono, em data a anunciar, na Fundação Calouste Gulbenkian.

Este prémio, que recorda a jornalista portuguesa Helena Vaz da Silva e a sua contribuição para a divulgação do património cultural e dos ideais europeus, foi instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura (CNC) em cooperação com a organização Europa Nostra e com o Clube Português de Imprensa.

Na nota hoje divulgada, a ministra da Cultura enaltece a importância deste prémio, declarando: “Reforça o valor da defesa do património cultural como o mais importante exercício para uma memória daquilo que somos, quer enquanto identidade, quer enquanto diversidade”.

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