“Acabei aqui de falar sobre o estado social, sobre a importância das políticas sociais e, obviamente, que aquela que é a candidatura que está neste momento liderada pelo Pedro Nuno Santos é a que, na verdade, representa este reforço do estado social”, afirmou a ministra aos jornalistas, em Guimarães, à margem da apresentação do Plano Estratégico para a Reabilitação do Património do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

A militante socialista frisou que o PS “é um partido muito unido, que tem as bases ideológicas certas e comuns a todas as candidaturas e a todos os que se apresentam a falar pelo Partido Socialista”.

“Mas, obviamente, tenho uma conotação especial por um projeto que se centra no estado social, que se centra nas pessoas, que se centra nas famílias, e naquela que é a concretização de uma política fundamental, aliás, definida também naquelas que foram as três prioridades identificadas, onde a habitação é uma delas, mas também a questão do emprego e dos salários e a questão da coesão territorial”, elencou Marina Gonçalves.

Nesse sentido, explicou que a candidatura de Pedro Nuno Santos a secretário-geral do PS contará com o seu apoio “precisamente por fazer jus àquela que é também a política” que o Governo tem estado a desenvolver.

“A política de reforço do Estado Social que para mim é fundamental para o desenvolvimento do país”, assinalou a ministra da Habitação.

A Comissão Nacional do PS, marcada para o Parque das Nações, em Lisboa, a partir das 10:00 de sábado, deverá formalizar as decisões de realizar o congresso em 06 e 07 de janeiro e as eleições diretas para o cargo de secretário-geral socialista em 15 e 16 de dezembro.

Além da candidatura do ex-ministro das Infraestruturas e atual deputado socialista Pedro Nuno Santos, e do ex-secretário-geral adjunto do PS e ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, surgiu hoje uma terceira candidatura apresentada pelo dirigente socialista Daniel Adrião.

Em declarações à agência Lusa, Daniel Adrião disse que vai voltar a concorrer ao cargo de secretário-geral do PS, alegando que a sua sensibilidade interna não se revê em nenhum dos candidatos já no terreno.

Daniel Adrião vai anunciar no sábado, durante a reunião da Comissão Nacional do PS, que se recandidata à liderança dos socialistas, depois de já o ter feito em 2016, 2018 e 2021, sempre contra o atual secretário-geral, António Costa.

Augusto Santos Silva, deputado do PS e atual presidente da Assembleia da República, já manifestou apoio a Carneiro, assim como o ministro das Finanças, Fernando Medina.

Por sua vez, a candidatura do ex-ministro Pedro Nuno Santos tem afirmado que conta com o apoio da maioria dos presidentes das federações – entre elas as de maior dimensão como Porto, Lisboa e Braga -, bem como de figuras como a do histórico socialista e membro do Conselho de Estado Manuel Alegre.