“Não há atraso, porque o que eu disse na comissão de Defesa Nacional foi: ‘penso que será possível entregar até ao fim do mês de fevereiro’, mas o trabalho está a ser concluído e será com certeza entregue, espero eu, nos mais breves prazos”, afirmou hoje José Azeredo Lopes aos jornalistas, à saída de uma audição parlamentar sobre a cooperação estruturada permanente.
O governante comentava assim a notícia de hoje do jornal Público, segundo a qual o ministro “falhou a entrega” aos deputados do dossiê sobre Tancos, após se ter comprometido, em meados de janeiro, a enviar ao parlamento um “dossiê documental” com todas as medidas estruturais que foram tomadas na sequência do roubo de material militar em Tancos.
“Para haver atraso, era preciso que houvesse incumprimento de uma obrigação assumida. Aquilo que eu disse na comissão de Defesa é que pensava que seria possível entregar esse relatório durante o mês de fevereiro”, disse hoje o ministro.
Azeredo Lopes adiantou que o documento “está a ser concluído”.
“O que eu posso dizer, com toda a lealdade e com toda a transparência, é que o trabalho está a ser concluído, estaremos a falar de dias, uma, duas semanas, e nunca evidentemente meses”, indicou.
“É um dossiê de relativa complexidade, em que é preciso verificar muita informação, para de forma transparente, dar a conhecer o que foi feito para garantir que doravante - não sei se será impossível, mas [que] - seja pelo menos muito mais difícil a repetição de uma ocorrência como aquela que aconteceu em Tancos a 28 de junho” de 2017, acrescentou.
Azeredo Lopes explicou que o dossiê reúne “informação que é fornecida por todos os ramos, pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, e que obriga depois a uma verificação documental bastante apertada”.
O Exército divulgou no dia 29 de junho o desaparecimento de material militar dos paióis de Tancos - entretanto desativados - que foi recuperado pela Polícia Judiciária Militar em outubro, a 21 quilómetros do local.
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