“Nós respeitamos a decisão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, a decisão de Pedro Nuno Santos, uma decisão que ele tomou, nós respeitamos. Obviamente que lamentamos que tenha sido a decisão que tomou e que tenha saído do Governo e obviamente valorizamos muito todo o trabalho e as marcas que tem construído e que estou certo que o Governo continuará”, afirmou Duarte Cordeiro em Lisboa, numa conferência de imprensa sobre os preços da energia para 2023.

Duarte Cordeiro saudou o trabalho do ministro demissionário, que esteve no Governo durante sete anos e que foi ministro desde 2019, responsável pelas Infraestruturas.

Nesse sentido, o ministro do Ambiente enalteceu que “havia uma proximidade grande do ponto de vista do que era o trabalho que estava a ser desenvolvido pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação e pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática” em pontos centrais como o projeto ferroviário – com impacto nas políticas industriais e ambientais – ou na política portuária.

“São marcas que o ministro das Infraestruturas e da Habitação deixa, trabalho que vai ser continuado naturalmente pelo Governo”, garantiu o governante, que registou que o executivo “tem todas as condições para fazer o seu trabalho”.

“Temos que obviamente responder àquilo que são as expectativas que os portugueses têm relativamente à sua vida, ao seu dia a dia, mas também um conjunto de transformações determinantes para o nosso futuro”, afirmou, referindo-se à transição energética e a transição ambiental.

De igual forma, Duarte Cordeiro sublinhou que o Governo está “suportado na Assembleia da República com uma maioria política de um partido, tem condições para continuar o seu trabalho”.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, demitiu-se na quarta-feira à noite para “assumir a responsabilidade política” do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.