Mariusz Blaszczak encontrou-se em Jarylowka, no leste da Polónia, com alguns dos militares recentemente destacados para a fronteira e insistiu que o aumento da presença militar se destina a dissuasão e que não é um ato hostil, como Minsk e Moscovo alegam.

“Não há dúvida de que o regime bielorrusso está a cooperar com o Kremlin e que os ataques na fronteira polaca visam desestabilizar o nosso país”, afirmou.

Dois helicópteros militares bielorrussos violaram momentaneamente o espaço aéreo polaco na semana passada, o que Varsóvia considerou uma provocação deliberada.

As tensões entre Minsk e Varsóvia são atualmente elevadas, num contexto de divisão sobre a guerra na Ucrânia, com a Polónia a ajudar Kiev financeira e militarmente, enquanto a Bielorrússia é um aliado de Moscovo.

A Polónia anunciou na quinta-feira que vai reforçar a segurança na fronteira com a Bielorrússia com cerca de 10 mil soldados como forma de dissuadir provocações, depois da presença de mercenários do grupo russo Wagner no país vizinho.

Varsóvia também alegou um aumento do número de tentativas de entradas ilegais de migrantes através da fronteira bielorrussa, no que considerou ser uma guerra híbrida orquestrada por Minsk e Moscovo para desestabilizar a região.