"Fomos herdeiros de uma situação de grande fragilidade na manutenção dos navios. Em três meses e meio fizemos contratos para a manutenção dos navios em valor idêntico a 2016 e estamos a fazer tudo para combater esta situação. Tal como mostrámos o Metro de Lisboa a funcionar melhor, espero em breve dizer o mesmo em relação à Transtejo e à Soflusa", disse o ministro, que esteve presente na apresentação do Estudo de Mobilidade Intermunicipal, que decorreu no Barreiro.
O ministro explicou que o Governo encontrou as duas empresas "com uma total ausências de soluções de manutenção", mas que em breve a oferta poderá aumentar.
"A aquisição de novos navios não vai acontecer tão depressa. O problema não é a falta de navios, importa é ter todos a funcionar. Queremos construir até ao final do ano um plano de renovação de frotas, em que tenhamos as garantias de que os navios serão todos iguais, facilitando a sua operação e manutenção", salientou.
João Pedro Matos Fernandes disse ainda que no futuro, empresas como a Transtejo e Soflusa ou o Metro de Lisboa e o Metro do Porto, podem ter como donos outras entidades públicas que não estado.
"Sentimos que Transtejo e Soflusa ou Metro Lisboa e do Porto, que prestam serviço em uma área confinada, podem ser geridas pelas áreas metropolitanas ou conjunto de municípios. No entanto, existem investimentos que têm que ser feitos, antes de serem passadas para a gestão das áreas metropolitanas", salientou.
O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto (PCP), referiu que, na apresentação do estudo, ficou patente a importância do transporte fluvial.
"É importante investir rapidamente, ultrapassar as dificuldades é urgente e é inadmissível, para os utentes, a situação que estamos a viver", defendeu, referindo também que o transporte fluvial deve apostar em deslocações transversais no Tejo e não só para Lisboa.
Em relação ao avanço das próximas fases do Metro Sul do Tejo, o ministro do Ambiente referiu que não estão para breve.
"É uma concessão e as próximas fases só avançam quando for atingido determinado número de passageiros e estamos muito longe desses números", concluiu.
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