Dois dias após o Conselho da União Europeia ter chegado a um acordo para desbloquear o pacote de ajuda macrofinanceira à Ucrânia para 2023, num montante de 18 mil milhões de euros, contornando o bloqueio da Hungria, os ministros dos Negócios Estrangeiros vão centrar-se-ão hoje no apoio material que o bloco comunitário pode continuar a prestar a Kiev, militar mas também para ajudar os ucranianos e enfrentarem o inverno entre cortes de energia provocados por ataques russos a infraestruturas críticas.
Como já tem vindo a ser hábito ao longo dos últimos meses, o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, participará na reunião por videoconferência, para dar conta aos 27 dos mais recentes desenvolvimentos no terreno, assim como das necessidades mais urgentes da Ucrânia a nível de apoios.
O Conselho receberá igualmente uma atualização operacional sobre o trabalho da missão de assistência militar da União Europeia de apoio à Ucrânia, na sequência da visita efetuada pelo Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, às instalações de formação da missão em Brzeg, Polónia, a 02 de dezembro.
Esta reunião do Conselho de Negócios Estrangeiros, na qual Portugal estará representado pelo ministro João Gomes Cravinho, tem também em agenda a imposição de novas sanções ao Irão, na sequência da repressão dos protestos contra a morte do jovem Masha Amini e também do apoio militar que Teerão está a dar a Moscovo,
O Conselho de ministros do Negócios Estrangeiro, o último de 2022 e que tem lugar três dias antes daquela que será também a derradeira cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 27 do ano, será antecedido hoje de manhã de uma reunião dos chefes de diplomacia da UE com os seus homólogos da Parceria Oriental (Ucrânia, Moldova, Azerbaijão, Arménia e Geórgia).
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