“Vou propor um pacote de medidas de ajuda de emergência para as forças armadas ucranianas, para as apoiar na sua luta heróica”, escreveu na rede social Twitter o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

Esta será a segunda reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em três dias, após a reunião de sexta-feira em que aprovaram sanções económicas e de movimentos sem precedentes contra a Rússia.

Quebrando um dos seus tabus sobre a exportação de armas para zonas de conflito, Berlim autorizou hoje a entrega a Kiev de 1.000 lança-roquetes, 500 mísseis terra-ar ‘Stinger’ e outros equipamentos militares.

A Bélgica, os Países Baixos, a França e a República Checa, entre outros, também anunciaram entregas de armas e combustível às forças ucranianas, respondendo aos pedidos de ajuda de Kiev.

“A defesa europeia está em ação para apoiar a Ucrânia, (nós) facilitaremos a entrega de ajuda militar”, disse no Twitter Charles Michel, presidente do Conselho Europeu (órgão que representa os Estados-membros).

Embora não estando na ordem do dia da reunião, que terá início às 18:00 de Bruxelas (17:00 em Lisboa), poderá ser discutida a possibilidade de excluir a Rússia do sistema internacional de mensagens bancárias Swift, tendo Berlim aberto o caminho hoje para esta nova e significativa sanção.

A Alemanha, que importa mais de metade do seu gás da Rússia, opunha-se a esta medida, mas acabou por dizer que está disposta a aceitar uma “restrição direcionada” no acesso ao Swift e disse estar a “trabalhar para limitar os danos colaterais” da sanção à economia alemã.

A Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira, através da Bielorrússia ao norte, da Crimeia, território ucraniano que anexou em 2014, ao sul, e do território russo a nordeste e a leste.

As autoridades ucranianas disseram hoje que pelo menos 198 pessoas foram mortas, incluindo civis, desde o início da invasão russa.

O ataque russo tem sido amplamente condenado em todo o mundo e vários países, com destaque para os ocidentais, aprovaram sanções económicas para punir o regime de Moscovo.