“Para nós, eles ainda não o fizeram. Não o fizeram na sessão plenária do Parlamento. Fizeram-no noutra sala, rapidamente e apenas uma parte, sem dar à oposição a possibilidade de se expressar”, disse numa entrevista à cadeia francesa CNews.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, deu na quarta-feira cinco dias ao presidente regional catalão, Carles Puigdemont, para clarificar se declarou ou não a independência na região.
Segundo fonte governamental citada pela agência France Presse, Puigdemont tem até segunda-feira para dizer se, no seu discurso de terça-feira no parlamento regional catalão, fez uma declaração de independência ou não.
No caso de aplicação do artigo 155.º, o Governo espanhol “continuará a funcionar como sempre, com prudência, mas com firmeza”, para garantir a aplicação da Constituição e “fazer cumprir o Estado de Direito, a democracia e o direito constitucional de todos os catalães “.
Caso Puigdemont confirme que declarou a independência da Catalunha, Madrid dar-lhe-á um prazo suplementar — até ao próximo dia 19 — para fazer marcha atrás, antes de recorrer ao artigo 155.º da Constituição, que permite ao governo espanhol suspender a autonomia da região.
“A situação é séria, mas estamos otimistas”, afirmou o ministro.
Alfonso Dastis disse que “Puigdemont não devia ter embarcado no caminho da independência” e espera que não seja necessário aplicar a força ou prendê-lo.
“Queremos evitar isso”, disse ele à CNews, lamentando que a situação na Catalunha “esteja a piorar devido ao processo secessionista”.
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