“Milhões de judeus em todo o mundo aguardam o seu pedido de desculpas. Atreve-se a comparar Israel a Hitler?”, escreveu Katz na sua conta na rede social X, depois de ter declarado, segunda-feira, Lula da Silva persona non grata (indesejada) em Israel devido a essa afirmação.
Katz convocou o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, no domingo, depois de Lula da Silva ter comparado as ações israelitas em Gaza, onde mais de 29 mil habitantes morreram em 136 dias de guerra, ao Holocausto cometido pelos nazis contra os judeus.
O encontro diplomático ocorreu segunda-feira no Museu do Holocausto, em Jerusalém, e, de seguida, Katz anunciou que o Presidente brasileiro era persona non grata.
Como reação, o Governo brasileiro convocou o embaixador israelita em Brasília e chamou para consultas o embaixador brasileiro em Telavive.
“A vossa comparação é promíscua, delirante. É uma vergonha para o Brasil e uma cuspidela na cara dos judeus brasileiros”, declarou o ministro israelita.
“Não é tarde demais para aprender a História e pedir perdão. Até lá, ele continua a ser uma personalidade indesejada em Israel”, acrescentou.
O Governo brasileiro qualificou de “absurda” a reação israelita às palavras de Lula, que já utilizou anteriormente a palavra “genocídio” para descrever a ofensiva israelita. Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, quando o grupo islamista atacou o país, causando a morte de 1.200 pessoas e 250 raptos.
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