“Foram construídas até ao final do primeiro semestre mais 86 salas de aulas, perfazendo 2.786 salas de aula do ensino primário no nosso país, o que corresponde a 83% da meta do quinquénio”, disse Carmelita Namashulua.

A responsável falava hoje durante a abertura do conselho coordenador do Ministério da Educação.

Moçambique tem 7.484 turmas ao relento, que muitas vezes estudam debaixo de árvores devido à falta de salas de aula, e existem no país 28.269 salas feitas em capim e adobe (barro), segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Educação em 2021.

A ministra da Educação e Recursos Humanos avançou ainda que, entre janeiro e junho deste ano, o setor reabilitou também duas escolas secundárias e ampliou outras três, assinalando igualmente um ligeiro aumento do corpo docente.

Carmelita Namashulua manifestou ainda preocupação com as “taxas acentuadas” de desistência escolar no país, além da violência, consumo de drogas e álcool nas escolas, considerando que as situações “mancham a imagem do setor e comprometem o futuro das crianças, adolescentes e jovens”.

Segundo dados avançados pela ministra, pelo menos 118.556 crianças deixaram de estudar no chão desde 2022 com a distribuição de 29.639 carteiras escolares, de um total de 60.700 planificadas para aquele ano.

“Para o ano de 2023 deveremos acelerar o passo procurando mais recursos de modo que possamos providenciar mais carteiras aos nossos meninos”, referiu Namashulua, acrescentando que para este ano o setor pretende adquirir 66.070 carteiras para “tirar todos os alunos do chão”.