“A segurança dos nossos cidadãos tem sido a nossa principal preocupação desde o primeiro dia da guerra e desde as primeiras semanas de hostilidades. Recorremos aos nossos parceiros com um pedido para ajudar a melhorar as nossas capacidades de defesa”, disse Sandu.

A presidente comunicou que as autoridades moldavas ainda estão a “negociar” com os seus aliados o reforço da defesa do país, aguardando “resultados mais concretos”.

Na semana passada, três mísseis russos sobrevoaram o espaço aéreo moldavo antes de atingirem vários locais na Ucrânia ocidental. O Ministério da Defesa da Roménia, país vizinho da Moldova, disse que os mísseis poderiam ter vindo de bases militares russas na península da Crimeia.

Na altura, Maia Sandu condenou o incidente como “uma grave violação do espaço aéreo”, bem como da “neutralidade” da Moldova, “um país pacífico”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.