“Isso não tem pés nem cabeça, não tem pés nem cabeça. Eu não vou estar a falar sobre isso agora, mas não tem pés nem cabeça, essa acusação”, disse Luís Montenegro aos jornalistas, após votar antecipadamente em Espinho, no distrito de Aveiro.
De acordo com o primeiro-ministro, “o Governo apresentou o plano de emergência e transformação na área da saúde, cujo conteúdo é não só de emergência, mas também é de transformação estrutural e isso é que é o importante”.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, questionou no sábado o Governo sobre se alguma empresa privada na área da consultoria esteve envolvida na elaboração do plano de emergência para a saúde, como foi contratada e a que informação do serviço Nacional de Saúde (SNS) teve acesso.
Segundo o líder socialista, “aparentemente uma empresa de consultoria privada participou nas reuniões de consulta a várias entidades, privadas e públicas”, e não se sabe “até que ponto esteve também na conceção do plano de emergência da saúde”.
Questionado pelos jornalistas sobre a campanha eleitoral para as europeias, Luís Montenegro disse que, olhando para a experiência dos últimos anos, não se lembrava de uma campanha para o Parlamento Europeu onde as questões europeias tenham sido alvo de uma apreciação das candidaturas tão profunda como a atual e que tal era positivo.
“Não vou entrar numa lógica de apreciação política, posso apenas dizer que vejo com naturalidade, por um lado, mas também com bons olhos por outro, que a campanha, de facto, tem desta vez estado mais centrada nas questões que verdadeiramente estão em cima da mesa, que é a escolha dos representantes portugueses no Parlamento Europeu”, considerou.
“Tem havido, objetivamente, quer nos debates, quer nas entrevistas, quer nas intervenções dos candidatos uma preocupação de deixarem ideias, propostas, reflexões sobre os instrumentos que hoje estão à disposição de todos os órgãos europeus, mas em particular do Parlamento Europeu. Isso é positivo”, acrescentou.
O primeiro-ministro votou hoje em Espinho por antecipação para as eleições europeias, recordando que todos os eleitores podem votar em qualquer mesa de voto do país no próximo domingo, sublinhando o empenho do Governo nessa operação.
“Nesta eleição é possível utilizar o voto em mobilidade. Queria também aproveitar esta ocasião para dizer aos portugueses e às portuguesas que no próximo domingo estejam onde estiverem, desde que estejam munidos do seu documento de identificação civil, o cartão de cidadão, podem-se dirigir a qualquer mesa de voto no país para exercer o seu direito de voto”, afirmou Luís Montenegro.
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