“Espero que nas eleições europeias os portugueses deem ao Governo o sinal que o Governo precisa nesta fase, um cartão alaranjado para, de uma vez por todas, se despedir da fase em que levou Portugal ao empobrecimento, levou Portugal para a cauda da Europa, levou Portugal para uma situação em que temos impostos máximos e serviços públicos mínimos”, afirmou Luís Montenegro.
Para isso, prosseguiu, “é preciso castigar o Governo com um voto noutras forças políticas”.
O líder social-democrata falava no final de uma visita à Serra do Montejunto, no Cadaval, um dos concelhos da área da distrital Oeste do PSD, onde dedicou dois dias do seu roteiro “Sentir Portugal”.
Recordando que António Costa está em funções há oito anos como primeiro-ministro, Luís Montenegro defendeu que em áreas como a Educação, Saúde ou Habitação as políticas seguidas “não surtiram efeito”.
“Esta política está errada. Esta política produziu maus resultados, portanto, é preciso mudar de política. Ou Governo muda de política, ou país tem que mudar de governo. Não há outra hipótese”, sustentou.
“O Governo está numa fase de negação ou grande atrapalhação, porque eu percebo que possa ser muito frustrante chegar ao fim de oito anos e perceber que as políticas resultarão exatamente no contrário daquilo que se cria”, acrescentou.
Luís Montenegro acusou o Governo liderado de estar “muito fechado numa redoma à volta da sua maioria absoluta” e não estar a ver “o essencial”, que o “país está hoje claramente em estagnação, claramente em empobrecimento, num registo de negação que é marca do doutor António Costa, do Partido Socialista”.
Falando sobre o que se passa na Saúde, Montenegro disse que o problema do acesso aos cuidados só se resolve “garantindo a todos os cidadãos a uma igualdade de tratamento, isto é, não privilegiando os ricos que têm dinheiro para ir para soluções alternativas em detrimento daqueles que não têm essa condição e que vão para as portas dos hospitais públicos e dos centros de saúde esperar, esperar, esperar e desesperar por uma resposta”.
“Nunca tantos portugueses tiveram de recorrer como hoje a seguros de saúde, nunca tantos portugueses foram clientes dos equipamentos privados de saúde. Ora, isso faz criar um desequilíbrio entre os setores que está a prejudicar aqueles que não têm meios para sair da oferta específica do Serviço Nacional de Saúde”, salientou.
Sobre o Orçamento do Estado de 2024, Montenegro criticou o Governo socialista por “simular uma baixa de impostos”, com as descidas previstas no IRS, compensadas por subidas de outros impostos, como o Imposto sobre Produtos Petrolíferos ou o Imposto Único de Circulação.
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