Antonoaldo Neves falava na conferência ‘Sucesso Made in Portugal’, organizado pelo Dinheiro Vivo, por ocasião do seu sétimo aniversário, que está a decorrer em Lisboa.

O gestor começou por dizer que “o país tem de fazer uma escolha: se quer ser um ‘hub’ [plataforma] global” ou um “‘hub’ secundário global”.

“Estamos muito atrasados” e a questão principal não é se a a escolha [para o aeroporto] é o Montijo ou não, “é tudo, o investimento em controlo do tráfego aéreo, o investimento em legislação, temos uma legislação muito atrasada em diversos aspetos”, apontou Antonoaldo Neves.

Além disso, o investimento em infraestruturas “leva tempo a maturar”, sublinhou.

Antonoaldo Neves disse que a questão do aeroporto de Lisboa não é como um casamento que não resulta e, perante isso, uma das partes escolhe um novo ou nova parceira.

O gestor disse que a questão não é “namorar” o Montijo, mas antes o “casamento” com a Portela, atual Aeroporto Humberto Delgado.

“Eu preciso de resolver o meu problema com a Portela, o Montijo é muito pequeno para a TAP”, salientou.

O Montijo é “uma solução pontual, a Portela vai ser sempre o ‘hub’ [a plataforma que permite as conexões de voos] de Lisboa nos próximos 10 anos”, prosseguiu o presidente executivo da TAP.

“O que sei é que o investimento na Portela é maior do que no Montijo, mas a realidade é que o nosso desafio enquanto país é a Portela”, disse, salientando, porém, que construir a estrutura aeroportuária do Montijo é importante como apoio ao aeroporto de Lisboa.

“A Portela transporta mais passageiros do que o Galeão [aeroporto internacional do Rio de Janeiro]. O país precisa de discutir a Portela e eu não sei quais os planos da Portela”, comentou.

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