O primeiro presidente eleito do Porto após o 25 abril morreu aos 95 anos. Aureliano Veloso, pai do músico Rui Veloso, esteve à frente dos destinos da cidade entre 3 de janeiro de 1977 e 11 de janeiro de 1980. O antigo autarca era também irmão de Pires Veloso, candidato à presidência da República em 1980, que ficou conhecido como o "vice-rei do Norte".

Aureliano Veloso era natural de Gouveia, tendo-se licenciado em Engenharia Químico-Industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 1950. Em 2011, foi agraciado com a Medalha Municipal de Honra da cidade do Porto, diz a autarquia portuense numa nota hoje divulgada.

Chegou à presidência da câmara do Porto como independente nas listas do Partido Socialista, nas primeiras eleições autárquicas democraticamente realizadas no país. Para o líder da Distrital do Porto do PS, Manuel Pizarro, “o seu irrepreensível percurso profissional e político tornam-no credor da admiração de todos os portuenses”.

O 'Jornal de Notícias' adianta que as cerimónias fúnebres se realizam-se esta quinta-feira às 16:30 no Tanatório de Matosinhos.

Num comunicado emitido ao início da noite desta quarta-feira a Federação Distrital do Porto do Partido Socialista "expressa um enorme pesar face à notícia do falecimento do engenheiro Aureliano Veloso, o primeiro presidente democraticamente eleito para a Câmara Municipal do Porto após o 25 de abril".

“O engenheiro Aureliano Veloso é uma figura de um enorme relevo na vida cívica da cidade do Porto. Liderando a lista do Partido Socialista, foi o primeiro presidente eleito após o 25 de abril, sendo uma referência para todos os socialistas do Porto”, afirma o presidente da distrital do PS, numa nota enviada às redações.

Pizarro destaca que, “embora o Engenheiro Aureliano não seja natural do Porto, radicou-se na nossa cidade ainda muito jovem, manifestando sempre um enorme apego aos valores da Invicta. Também por isso, o Porto não o esquecerá”, afirma, na nota de pesar da distrital.

“No Partido Socialista, Aureliano Veloso será sempre recordado pela dedicação e afetividade que entregou à cidade do Porto”, conclui Manuel Pizarro.