“Este seu amigo e seu advogado despendem-se de ti. Agora entrarás no ‘grande mar’ com o teu querido Borges. Descansa em paz, María”, escreveu o representante legal de María Kodama, Fernando Soto, na sua conta da rede social Twitter.
Após a morte de Jorge Luis Borges (1899-1986), María Kodama herdou os direitos de autor do escritor argentino, que tinha conhecido em Buenos Aires quando ainda era uma estudante.
Filha de mãe argentina e de pai japonês, Kodama tivera um casamento civil com Borges, sendo uma ajuda fundamental para o trabalho literário, bem como nas viagens, do autor de “O Aleph”, quando este perdeu a visão.
Kodama era até agora presidente da Fundação Internacional Jorge Luis Borges, que fundou em 1988, tendo tido um envolvimento muito ativo em várias disputas legais sobre os direitos autorais do escritor argentino, nomeadamente com a editora francesa Gallimard.
Tradutora de autores estrangeiros para editoras da América Latina, Kodama foi também professora de literatura argentina na Universidade de Buenos Aires.
Aos 86 anos, María Kodama morreu na cidade argentina de Vicente Lopez, vítima de um cancro de mama.
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