Ficou conhecido pelas biografias de Robespierre, Garibaldi, Rosa Luxembourg, De Gaulle e Jesus, mas também por obras como "Manifesto para um fim de século obscuro", "O olhar das mulheres", "O silêncio de Deus" ou "Belle époque".
Max Gallo nasceu em Nice, em 1932, filho de imigrantes italianos, fixou-se em Paris, após a II Guerra Mundial, onde viveu. Em 2015, disse em público padecer da Doença de Parkinson.
Militante do Partido Comunista Francês até 1956, Gallo aderiu ao Partido Socialista de François Mitterrand, na década de 1970, quando era jornalista do semanário L'Express, antes de fundar o Movimento dos Cidadãos, em 1993, com Jean-Pierre Chevènement.
Doutorou-se em Historia, foi condecorado com a Legião de Honra, recebeu a Ordem de Mérito e ficou conhecido tanto pelas suas obras de ensaio, de caráter social e político, como pelas obras de ficção. "La Baie des Anges" (1976), que remete para a migração interna, em França, com "La Promenade des Anglais", em Nice, como pano de fundo, foi uma das suas primeiras obras e um dos seus primeiros sucessos.
Membro da Assembleia Nacional francesa, nos anos de 1980, foi porta-voz do terceiro Governo socialista de Pierre Mauroy, em 1983/1984, durante a primeira presidência de François Mitterand.
Em 2007, Max Gallo apoiou a candidatura presidencial de Nicolas Sarkozy.
Gallo, que publicou algumas obras com o pseudónimo Max Laugham, passou a fazer parte da Academia Francesa em 2007, onde ocupou a cadeira deixada vaga pelo filósofo Jean François Revel, após a morte deste.
"A noite dos facas longas", "O olhar das mulheres", "Manifesto para um fim de século obscuro", "O silêncio de Deus", "Os romanos", "A cruz do Ocidente", "Azul, branco, vermelho" e "Belle époque" são títulos de Max Gallo publicados em Portugal, sobretudo nas três últimas décadas, por editoras como Asa, Bertrand, Círculo de Leitores/Temas e Debates, Difel, Dom Quixote, Europa-América e Lello.
Estão igualmente traduzidas as biografias "O homem Robespierre: história de uma solidão", "Victor Hugo", "César Imperador", "Jesus: o homem que era Deus".
Na obra ensaística de Gallo, destacou-se igualmente o prefácio que escreveu para o livro "Sida: um estranho vírus de origem desconhecida", de Jacques Leibowitch, ainda na década de 1980.
Em 2012, reuniu as suas memórias em "L'oubli est la ruse du diable" ("O esquecimento é o logro do diabo", em tradução livre).
"Cremo-nos imortais e não o somos", disse Max Gallo, quando reconheceu sofrer da Doença da Parkinson.
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