O cineasta morreu na madrugada deste sábado, na sua casa em Lisboa. Doente há cerca de um ano, faleceu aos 80 anos, confirmou uma amiga do realizador ao jornal Público.
"Brandos Costumes" foi a sua primeira longa metragem. Rodada entre 1972 e 1975 e escrita em parceria com os escritores Luiza Neto Jorge e Nuno Júdice, traça um paralelo entre o quotidiano de uma família da média burguesia e o trajecto do regime emanado do golpe militar de 28 de Maio de 1926. Este filme foi seleccionado, em competição, para o Festival de Cinema de Berlim.
Alberto Seixas Santos é um dos nomes fundadores do Cinema Novo Português, assim como do cineclubismo, tendo dirigido o ABC Cineclube de Lisboa. Foi também um dos fundadores do Centro Português de Cinema.
Foi professor durante mais de vinte anos na Escola Superior de Teatro e Cinema e, nos anos 1980, foi diretor de programas da RTP, responsável pela programação de cinema.
Foi um dos realizadores de "As Armas e o Povo", rodado em 1974, e de "A lei da terra", 1976, sobre o processo de reforma agrária.
A sua última longa-metragem, “Mal”, de 1999, foi apresentada no Festival de Veneza.
Em 2005 terminou a curta-metragem “A Rapariga da Mão Morta”, que teve estreia mundial no 13º Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde.
Enquanto ator, Alberto Seixas Santos participou, por exemplo, em "Um passo, outro passo e depois...", de Manuel Mozos, "Inventário de natal", de Miguel Gomes, e "O anjo da guarda", de Margarida Gil.
Nascido em Lisboa, em 1936, Alberto Seixas Santos estudou História e Filosofia, em Portugal, e Cinema, em Paris e em Londres.
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