“A Rússia quer acima de tudo continuar o diálogo e os esforços na frente diplomática”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusando os Estados Unidos de serem responsáveis pelas atuais tensões.
“A Rússia e o Presidente Vladimir Putin advertiram sobre as consequências que aconteceriam, inevitavelmente, se um dos Estados que fizesse parte do acordo colocasse fim às suas obrigações e se retirasse. Constatamos hoje com pesar essas consequências”, declarou Peskov.
O Irão confirmou no domingo que vai começar a enriquecer urânio a um nível proibido pelo acordo internacional sobre o seu programa nuclear – enfraquecendo ainda mais o acordo celebrado em 2015 -, em retaliação à retirada unilateral de Washington do acordo em maio de 2018 e às sanções norte-americanas que se seguiram.
Teerão comprometeu-se, através do acordo de 2015, a não produzir uma bomba nuclear e concordou em reduzir drasticamente o seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções internacionais que sufocavam a sua economia.
Entretanto, a restauração de sanções dos Estados Unidos teve o efeito de quase isolar o Irão totalmente do sistema financeiro internacional e fazer o país perder quase todos os seus compradores de petróleo.
Este novo desenvolvimento ocorre num momento de grande tensão entre Washington e Teerão.
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