Ao depor no Tribunal de São João Novo, a vítima, de 31 anos, contou que foi retida, ameaçada e agredida por uma mulher de 44 anos que afiançava ter poderes sobrenaturais e pela sua filha, de 21, ambas arguidas no processo.

Os factos ocorreram em 12 de outubro de 2018 e a ofendida relatou ter sido retida em colaboração com duas outras pessoas não identificadas na acusação e que não se envolveram nas ameaças ou nas agressões.

Durante 15 a 20 minutos, diz o processo e confirmou a vítima, foi agredida a soco e a pontapé.

Anteriormente, em setembro do mesmo ano, a distribuidora dos CTT tinha pagado 40 euros a uma das arguidas por um primeiro serviço do género (o acendimento de uma vela) e deixou-se convencer de que precisaria de "um tratamento mais forte" a troco de 450 euros.

Contudo, a mãe advertiu-a de que se tratava de um "conto do vigário", pelo que decidiu não pagar e, em consequência, sofreu as agressões que descreveu, no interior da casa das arguidas.

Uma delas, referiu em tribunal, chegou mesmo a dizer que lhe voltaria a acontecer "igual ou pior" se não pagasse os 450 euros.

As arguidas afiançaram que os factos ocorreram à entrada da sua casa, não no interior, afastando deste modo a imputação de sequestro, e reduziram o que se passou a uma situação de agressões mútuas entre uma delas e a ofendida, por alegadamente a distribuidora dos CTT não te pagado o valor acordado, 40 euros, por ler a sina (quiromancia).