Carregando cartazes com o retrato de Soleimani, as pessoas reuniram-se nos arredores da Universidade de Teerão, onde o líder supremo preside as cerimónias e orações pelo general.

Rodeado do presidente iraniano, Hassan Rohani, do presidente do Parlamento, Ali Larijani, do chefe da Revolução, general Hossein Salami, e do chefe da Autoridade judicial Ebrahim Raisi, o aiatola Ali Khamenei fez uma oração em árabe pouco depois das 9h30, antes de deixar o local.

O poderoso general Qasem Soleimani, que morreu esta sexta-feira em Bagdade num ataque norte-americano, era uma das pessoas mais populares do Irão e um temido adversário dos Estados Unidos e dos seus aliados.

Comandante da força de elite iraniana Al-Quds da Guarda Revolucionária, responsável pelas operações da República Islâmica no exterior, este homem carismático exerceu uma grande influência nas negociações políticas a partir de 2018 para a formação de um governo no Iraque.

Soleimani, que tinha 62 anos, transformou-se recentemente numa estrela no Irão, com muitos seguidores no Instagram.

Para os seus apoiadores e para os críticos, Soleimani, que desempenhou um papel importante na luta contra as forças jihadistas, é o homem chave da influência iraniana no Oriente Médio, onde reforçou o peso diplomático de Teerão, sobretudo no Iraque e na Síria, dois países em que os Estados Unidos estão envolvidos militarmente.