“O mundo, como é hoje, não pode ser reduzido à rivalidade entre a China e os Estados Unidos”, vincou Emmanuel Macron no discurso que proferiu durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), apelando à comunidade internacional para a construção de “novas alianças”.
O chefe de Estado francês acrescentou que os restantes países não podem ser reduzidos a “nada mais do que lamentáveis espetadores de uma impotência coletiva”.
O discurso de Macron, mais longo do que o da maioria dos outros intervenientes no debate geral, também focou a exigência, de Washington em repor as sanções económicas contra Teerão, recusando-a.
“França, juntamente com os seus parceiros alemães e britânicos, manterá a demanda pela plena implementação do acordo de Viena”, firmado em 2015 a respeito da energia nuclear, disse o Presidente francês, mas “não aceitará as violações cometidas” pelo Irão.
Contudo, Paris não vai “ceder” no que diz respeito à ativação do mecanismo que repunha as sanções e que é reclamado por Washington, uma vez que os EUA, “por si só, ao saírem do acordo, não estão em condições de o ativar”.
Sobre este assunto, o homólogo iraniano, Hassan Rohani, disse, através de uma mensagem gravada que foi transmitida durante a Assembleia Geral da ONU, que o vencedor das eleições presidenciais norte-americanas, em 03 de novembro, não terá “escolha a não ser ceder” às exigências feitas por Teerão relativamente ao levantamento das sanções.
A semana de alto nível na Assembleia Geral da ONU começou hoje, num formato sem precedentes nos 75 anos da organização, em que os discursos de chefes de Estado e de Governo será feita por vídeos previamente gravados, devido à pandemia.
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