Na sua mensagem para a conferência – que arrancou hoje em Genebra, na Suíça, para analisar a convenção sobre armas convencionais (em vigor desde 1983) – Guterres pediu “que se chegue a um consenso sobre o ambicioso plano de restrição do uso de certo tipo de armas autónomas”, que não existiam quando o acordo internacional foi criado.
A convenção “serviu ao longo de 40 anos como um instrumento essencial de controlo de armas para proteger os civis”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, mas agora enfrenta outros desafios devido à emergência de “novos riscos que desafiam as formas tradicionais de prevenção e resolução de conflitos”.
O controle desse armamento autónomo — como os aviões não tripulados, ‘drones’) vem sendo discutido na ONU há oito anos, enquanto novas tecnologias, como a inteligência artificial ou os sistemas de reconhecimento facial, aperfeiçoaram esse tipo de arma.
Alguns dos 125 países signatários da convenção pedem a proibição total desse armamento autónomo, mas potências como os Estados Unidos mostraram relutância numa retirada completa de armas que muitas vezes consideram mais precisas do que as operadas por seres humanos.
Movimentos como o ‘Stop Killer Robots’ lançaram campanhas nos últimos anos para limitar o uso de ‘drones’ e armas semelhantes, olhando para esta conferência de cinco dias em Genebra como uma oportunidade única para conseguir os seus objetivos.
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