“Não queremos uma nova corrida ao armamento, estamos sim focados em responder de forma firme, previsível, mas também calculada e defensiva", disse Stoltenberg, aos jornalistas, na presença do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Questionado sobre a possibilidade de novas sanções por parte da NATO contra Moscovo, como resposta ao envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e da filha Yulia, Stoltenberg afirmou: "A Rússia está aqui para ficar, a Rússia é nossa vizinha e por isso continuaremos a lutar por um relacionamento mais construtivo com a Rússia".

"Não queremos uma nova Guerra Fria", concluiu.em Salisbury, no sudoeste da Inglaterra,

A 04 de março, Serguei Skripal, de 66 anos, e a filha, Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes num banco perto de um centro comercial em Salisbury, sul de Inglaterra.

As autoridades britânicas afirmaram que os dois tinham sido envenenados com um agente neurotóxico de tipo militar e responsabilizaram a Rússia pelo incidente, que classificaram como um ataque. Moscovo negou qualquer envolvimento no caso.

A substância conhecida como Novichok é uma arma química desenvolvida pela antiga União Soviética, no final do período da Guerra Fria.

O caso Skripal desencadeou uma grave crise diplomática entre a Rússia e o Ocidente.

Quase 30 países da Europa, incluindo mais de metade dos Estados-membros da UE, os Estados Unidos e Austrália, bem como a NATO, decidiram expulsar diplomatas russos, num total de mais de 150 funcionários.

Moscovo ripostou, adotando medidas idênticas em relação a um número equivalente de diplomatas desses Estados.

O ex-espião continua em estado crítico, mas a filha recuperou na semana passada e está consciente e capaz de falar, segundo as autoridades britânicas.