Numa conferência de imprensa no final de uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia, e quando questionado sobre as suas expetativas para a cimeira de chefes de Estado e de Governo da NATO, a ter lugar a 25 de maio em Bruxelas, José Alberto Azeredo Lopes disse que “a primeira expetativa é naturalmente que corra bem” e “correr bem para Portugal é não haver demasiada insistência, muito excessiva, na questão orçamental”.
O ministro disse ter a convicção de que, no quadro da discussão sobre a partilha de encargos – um tema que a nova administração norte-americana liderada por Donald Trump exige discutir com os aliados - será feita igualmente uma “avaliação qualitativa” dos esforços e contributos de Portugal.
“Temos a certeza de que vamos convencer os nossos aliados de que Portugal cumpre essencialmente as suas obrigações e também demonstrarmos que uma avaliação qualitativa do nosso esforço é de elementar justiça, além das (avaliações) métricas e do reforço do investimento, que nós, aliás, temos mais ou menos como adquirido que pode ter que ser reforçado”, disse.
Azeredo Lopes admitiu que a questão da partilha de encargos “tem, e é justo também que se destaque, essa dimensão orçamental, não há como fugir a essa questão”, mas defendeu que não se pode olhar somente para a meta (acordada pelos aliados na cimeira da NATO celebrada no País de Gales em 2014) de destinar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) à Defesa.
Apontando que Portugal encara essa meta dos 2% “como uma referência”, o ministro vincou que o compromisso de Portugal com a Defesa também no plano internacional, ilustrada por exemplo na participação em missões em diversos teatros, “é algo adquirido e que é normalmente reconhecido com muito apreço” por parte dos seus parceiros, e “todo esse capital deve e vai com certeza ser valorizado”.
A cimeira de líderes da NATO da próxima semana assinalará a “estreia” dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e de França, Emmanuel Macron, estando Portugal representado pelo primeiro-ministro, António Costa.
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