“Queremos focar-nos nos últimos sobreviventes que estão entre nós”, afirmou Piotr Cywiński, diretor do museu de Auschwitz, ao The Guardian. Colette Avital é uma resistente do Holocausto que fez parte da cerimónia como membro do International Auschwitz Council.
Na Polónia, foi entrevistada pelo Jornal Expresso, a quem contou que faz parte de uma família ameaçada pelos soldados nazis na Roménia, que foi obrigada a imigrar para Israel na década de 1950. Mais tarde, foi diplomata em Paris, Nova Iorque e chegou a passar por Lisboa, onde foi embaixadora durante quatro anos.
Durante esta segunda-feira, a cerimónia está a decorrer no interior de um dos maiores campos de concentração da Alemanha nazi, Auschwitz-Birkenau, e não vai contar com discursos políticos.
Além dos 50 sobreviventes de Auschwitz convidados a partilhar a sua história, Carlos III, Emannuel Macron, presidente de França, Justin Trudeau, primeiro-ministro canadiano, o chanceler alemão Olaf Scholz, o rei de Espanha, Filipe VI, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, estão presentes. Em representação de Portugal, foi enviado o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
Dos Estados Unidos da América, estão presentes o especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e o candidato a secretário de Estado do Comércio, Howard Lutnick.
De acordo com o jornal Público, a comitiva russa não foi convidada.
A ausência de Netanyau é justificada pela impossibilidade de saída do país, graças ao mandado de captura em seu nome emitido pelo Tribunal Penal Internacional. Em causa estão os crimes cometidos por Israel em Gaza.
Para que o primeiro-ministro pudesse assistir à cerimónia sem risco de ser detido, o governo polaco garantiu que a participação de Nethanyau e dos dirigentes israelitas seria “segura”, uma vez que fazem parte “da homenagem à nação judaica”, justifica o gabinete do primeiro-ministro Donald Tusk.
O Público avança ainda que, depois de adiada a data, o primeiro-ministro israelita deverá ser ouvido hoje por um tribunal em Jerusalém, por acusações de corrupção, que rejeita.
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