"O Hamas recusou tudo (...) Espero que isso mude porque quero libertar os reféns", afirmou Netanyahu após o Departamento de Estado dos EUA declarar na terça-feira que é "hora de concluir" um acordo.
"Estamos a tentar encontrar algum espaço para começar as negociações", indicou o governante. "Eles negam-se a tudo (...) Dizem que não há nada para conversar".
Netanyahu enfrenta pressão em Israel e internacionalmente para chegar a um acordo que permita a libertação dos reféns que permanecem na Faixa de Gaza, após as autoridades anunciarem no fim de semana que recuperaram os corpos de seis sequestrados num túnel em Gaza.
O primeiro-ministro israelita afirmou que as forças do seu país manterão o controle do corredor Filadélfia, um ponto-chave na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, e prometeu que não cederá "a pressões sobre este tema".
O grupo islamista exige uma retirada total das tropas israelitas dessa área, como parte das negociações mediadas pelo Qatar, Estados Unidos e Egito para alcançar uma trégua.
O conflito foi desencadeado em 7 de outubro, quando um ataque de combatentes do Hamas em Israel provocou a morte de 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço baseado em dados oficiais israelitas.
Além disso, os combatentes islamistas sequestraram 251 pessoas: 97 continuam retidas em Gaza e 33 morreram, de acordo com o exército israelita.
Em resposta ao ataque, Israel lançou uma vasta retaliação que já deixou 40.861 mortos no território palestiniano, segundo o Ministério da Saúde da Faixa.
Em vários protestos esta semana, manifestantes em Israel responsabilizaram Netanyahu pelas mortes dos reféns, afirmando que não fez as concessões necessárias para alcançar um cessar-fogo.
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