"Penso que as chamadas de capital após a deste ano são muito pouco prováveis", respondeu Mário Centeno ao deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, durante a sua audição na comissão de inquérito ao Novo Banco.

No entanto, o também antigo ministro das Finanças ressalvou que se baseava no cenário base da Comissão Europeia, que prevê uma utilização do Acordo de Capitalização Contingente (CCA) de 3,3 mil milhões de euros.

"O cenário central da Comissão Europeia, que tem vindo a ser cumprido ano após ano, e que previa, de facto, como último ano de injeção o ano de 2021, respeitante às contas de 2020, ainda é o cenário central", referiu.

Mário Centeno acrescentou: São "cenários, estimativas, estão associadas probabilidades a esses cenários, mas eu acho que esse é o cenário central".

O Novo Banco foi criado em agosto de 2014 na resolução do Banco Espírito Santo (BES).

Em 2017, aquando da venda de 75% do banco à Lone Star, foi criado um mecanismo de capitalização contingente, pelo qual o Fundo de Resolução se comprometeu a, até 2026, cobrir perdas com ativos 'tóxicos' com que o Novo Banco ficou do BES até 3.890 milhões de euros.

O Novo Banco já consumiu 2.976 milhões de euros de dinheiro público e, pelo contrato, pode ir buscar mais 914 milhões de euros.

A instituição teve prejuízos de 1.329,3 milhões de euros em 2020, um agravamento face aos 1.058,8 milhões registados em 2019. Já quanto ao valor a pedir ao Fundo de Resolução, o Novo Banco indicou que serão 598,3 milhões de euros.

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