“Este é o comando onde tudo acontece”, afirmou o superintendente Paulo Pedreira, na cerimónia em que tomou posse como comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.
Reconhecendo que o comando tem “enormes dificuldades e grandes desafios no caminho”, Paulo Pereira apontou algumas das metas que promete cumprir, nomeadamente “combater o racismo e a xenofobia em qualquer circunstância interna e externa à instituição”
Por outro lado, defendeu, há também a “necessidade de implementar medidas e procedimentos de segurança que possam contribuir para o reforço da prevenção de atos violentos e ilícitos em ambiente desportivo”.
A melhoria da capacidade e qualidade da primeira intervenção em situações de violência doméstica, a melhoria das condições de trabalho dos polícias, a intensificação dos modelos de proximidade, além da reorganização do “dispositivo para aumentar a capacidade no terreno, visando uma pronta e cabal resposta aos apelos, chamadas e necessidade da população”, foram outras das metas indicadas por Paulo Pereira.
“É aqui onde se joga muito do que se passa na PSP […], é aqui que tudo tem grande impacto mediático, seja pela positiva, seja pela negativa”, reconheceu o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, que também tomou posse há cerca de um mês.
Gracejando que se o novo comandante tiver sucesso isso poupará ao diretor nacional da PSP “muitas dores de cabeça”, Magina da Silva antecipou que Paulo Pereira “não terá uma vida fácil”.
“O ambiente de operações em que vai atuar é caracterizado por elevada imprevisibilidade e complexidade, tornando a intervenção muito mais exigente e difícil”, salientou, avisando que “não faltarão as fontes de escrutínio, formais e informais”.
Pois, disse, a PSP está “sempre debaixo dos holofotes”, mas tal “não intimida, nem limita a ação” dos agentes, apenas “aumenta o desafio”.
Depois do secretário de Estado da Administração Interna ter anunciado, há menos de um mês, que o Governo pretende fazer uma reorganização dos dispositivos da PSP no Porto e em Lisboa e vai pedir a esta polícia que se pronuncie sobre a rede de esquadras, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, relembrou que o comando da capital tem “16 divisões policiais e 123 esquadras, das quais 64 de natureza territorial”.
Por isso, acrescentou, uma das missões do novo comandante do Comando de Lisboa será a “reorganização do dispositivo que aumente a sua eficácia, que caracterize a sua proximidade e que permita o melhor aproveitamento da capacidade humana e da capacidade técnica”.
A este propósito, Eduardo Cabrita notou que o município de Lisboa tem mais esquadras abertas do que Madrid ou Paris, embora registe menores níveis de prática de crime.
“Temos de aliar uma dimensão de proximidade com uma eficácia de resposta”, frisou.
O novo comandante do Comando de Lisboa da PSP é licenciado em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna e é ainda licenciado em Direito, pós-graduado em Criminologia e em Medicina Legal e mestre em Criminologia.
Antes desta nomeação, desempenhava funções de comandante do Comando Distrital de Aveiro, depois de ter sido oficial de ligação da PSP no Ministério da Administração Interna.
O superintendente foi ainda chefe de gabinete do diretor nacional da PSP, diretor do Departamento de Armas e Explosivos e oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Representação Permanente de Portugal em Bruxelas, junto da União Europeia, além de conselheiro de polícia na Estrutura de Missão para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, igualmente em Bruxelas.
A função de comandante cabia anteriormente ao superintendente-chefe Jorge Maurício, que tinha já saído para coordenar o projeto de segurança no Mundial 2022 de futebol, no Qatar.
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