“Não quero aumentar a dívida financeira às gerações futuras nem a dívida ecológica. Podem ser feitos progressos na eficácia dos gastos públicos e é isso que procuro para preservar os serviços públicos”, afirmou, na sua primeira visita como chefe do executivo francês ao Hospital Necker, em Paris.
Sem querer adiantar qual será a sua linha política, a apresentar no primeiro discurso no parlamento, “no começo de outubro”, Barnier insistiu na mensagem transmitida na sua posse, na quinta-feira: “A situação é muito grave”.
Um dos primeiros desafios do seu Governo será a preparação do orçamento para 2025 tendo em conta que o défice público cresceu no ano passado para 5,5% do Produto Interno Bruto, e a tendência vai continuar em 2024 e em 2025, ano em que poderá atingir os 6%.
Michel Barnier prometeu consultar todos os grupos políticos, incluindo os que “manifestaram uma forma de oposição automática e prévia, ainda antes de se saber quem será ministro e o que fará o Governo”.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em França contra a nomeação do conservador Michel Barnier como primeiro-ministro, apesar da vitória da coligação de partidos de esquerda nas eleições legislativas de junho e julho.
A coligação Nova Frente Popular, que reúne os partidos de esquerda, anunciou que vai apresentar uma moção de censura quando se iniciarem os trabalhos parlamentares.
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