“Identificámos blocos colocados em estradas, mas estão a ser retirados de forma pacífica” pelas autoridades, disse à AFP um porta-voz do Exército, José Coello.
Os manifestantes responderam ao apelo da Aliança da Oposição à Ditadura, uma coligação de esquerda que quer impedir a tomada de posse do presidente do país, um aliado próximo de Washington, no próximo dia 27.
A aliança pediu aos seus apoiantes para bloquear estradas, acessos aos aeroportos, assim como aos portos e fronteiras das Honduras.
Esta coligação denunciou a existência de “fraudes” durante a eleição presidecial de 26 de novembro e reivindica a vitória do seu candidato, um popular apresentador de televisão, Salvador Nasralla, de 64 anos.
Na sexta-feira, o Governo colocou milhares de militares e polícias em todo o país para dissuadir os manifestantes.
Segundo o porta voz da polícia, Jair Meza, três funcionários ficaram feridos após serem atingidos por pedras e sete manifestantes foram detidos.
O líder da aliança da oposição, o ex-presidente Manuel Zelaya, garantiu à AFP que um homem de 60 anos foi morto pelas forças de segurança em Sabá, no departamento de Cólon.
O gabinete do Alto Comissário das Nações Unidos para os Direitos Humanos lamentou no Twitter esta “morte violenta”, pedindo para que as forças policiais se abstenham do uso excessivo de força.
Grupos de direitos humanos apontam a existência de 30 mortos em manifestações após a reeleição para um segundo mandato do presidente das Honduras, enquanto a polícia indica a existência de apenas três mortes.
O candidato derrotado, Salvador Nasralla, e Manuel Zelaya, apelaram à manutenção dos protestos até dia 27.
No final das eleições, na ocasião da publicação de resultados parciais, com 57% dos votos contados, Nasralla aparecia com uma vantagem clara sobre o adversário.
Em 22 de dezembro, o Supremo Tribunal Eleitoral validoua vitória de Juan Orlando Hernandez, com 42,95% dos votos contra 41,42% obtidos por Salvador Nasralla.
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