Quando o aborto foi despenalizado, em 2008, houve um aumento exponencial das interrupções voluntárias da gravidez. A tendência manteve-se até 2011, uma vez que no ano seguinte os números começaram a cair. Primeiro 6,6%, e depois, entre 2013 e 2014, outra descida significativa: 8,7%.
O relatório com os registos de interrupção da gravidez, agora disponibilizado no micro site “Saúde Sexual e Reprodutiva” da Direção-geral da Saúde, mostra que a diminuição do número de abortos por opção da mulher continua a ser uma constante. Entre 2014 e 2015, foram feitas 15.873 interrupções voluntárias da gravidez. Um decréscimo de 1,9%.
É o número mais baixo desde que entrou em vigor a lei que despenalizou o aborto.
De acordo com o relatório, no último ano, a interrupção da gravidez por opção da mulher até às dez semanas representa a esmagadora maioria dos casos de aborto (96,5%).
Sendo que metade das mulheres que abortaram por opção referiram ter um ou dois filhos, as restantes 42,3% ainda não era mãe, dados semelhantes aos verificados em anos anteriores.
Quanto a interrupções de gravidez anteriores, 70% das mulheres que decidiram abortar em 2015 nunca tinha realizado qualquer outro aborto, 21% já tinham feito uma intervenção, quase 6% tinha feito duas e 2,5% já tinham realizado três ou mais.
O documento da DGS exibe ainda que mais de sete em cada 10 abortos foram feitos em unidades oficias do Serviço Nacional de Saúde.
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