As equipas de resgate salvaram 12 marinheiros e 10 corpos foram encontrados, indicou Alexei Kravchenko, porta-voz da agência federal russa dos transportes marítimos e fluviais, à agência de notícias France-Presse, acrescentando que outros dez marinheiros ainda estão desaparecidos e presumivelmente mortos.
“Não há esperança de encontrá-los vivos. Esta já não é uma operação de resgate”, salientou o porta-voz, referindo que os marinheiros desaparecidos se afogaram “sob os olhos dos socorristas” sem coletes salva-vidas.
Alexei Kravchenko disse ainda que os barcos continuam em chamas e que “há uma enorme quantidade de combustível” no local.
“Desta vez, o resultado foi um acidente com consequências terríveis”, frisou o Ministério ucraniano dos Territórios Ocupados, em comunicado.
A diplomacia indiana também reagiu, afirmando, em comunicado, que a sua “embaixada em Moscovo está em constante contacto com as agências russas envolvidas para obter mais informações sobre os indianos envolvidos no incidente e para fornecer a assistência necessária”.
O incêndio ocorreu devido a uma falha durante o bombeamento de combustível entre as duas embarcações – “Candy” e “Maestro” – que transportavam gás liquefeito e que estavam ancorados em águas internacionais.
O fogo deflagrou num dos navios e rapidamente se espalhou para o outro, obrigando a tripulação a abandonar os navios.
Entre as duas embarcações, a tripulação somava 31 marinheiros de nacionalidade turca e indiana, dados que ainda estão a ser confirmados pelas embaixadas dos dois países na Rússia.
No total, sete navios russos estão envolvidos no trabalho de resgate, que ocorre entre a península da Crimeia e a Rússia continental.
O acidente ocorreu perto do estreito de Kerch, que esteve recentemente no centro de novas tensões entre a Federação Russa e a Ucrânia.
Neste estreito, situado ao largo da península ucraniana da Crimeia, anexada pelos russos em 2014, em 25 de novembro os russos atacaram três navios da Marinha de guerra ucraniana, que vieram a capturar com 24 marinheiros a bordo.
(Notícia corrigida às 17h23)
Comentários