O acidente ocorreu por volta das 17:00 horas locais (09:00 GMT) de sexta-feira, quando 24 mineiros se encontravam dentro da mina. As equipas de salvamento conseguiram resgatar uma pessoa com vida.
A imprensa oficial noticiou no sábado que tinham morrido 18 pessoas e sobrevivido uma, numa altura em que as equipas de salvamento tentavam localizar os outros cinco trabalhadores presos no subsolo.
A mina de Diaoshuidong, situada no município de Chongqing (sudoeste), uma grande área urbana localizada a cerca de 1.800 quilómetros da capital chinesa, Pequim, tinha sido encerrada há dois meses e os mineiros estavam a trabalhar no desmantelamento da maquinaria subterrânea.
Esta não é a primeira vez que ocorre um acidente nesta mina. Em março de 2013, um ouro incidente da mesma natureza tirou a vida a três trabalhadores.
As autoridades abriram uma investigação – supervisionada pelo Comité de Segurança do Trabalho do Conselho de Estado (o executivo chinês) – para determinar as causas da fuga de monóxido de carbono, um gás inodoro que pode causar a morte quando inalado em níveis elevados.
As operações mineiras chinesas, especialmente as minas de carvão – a principal fonte de energia do país – têm uma elevada taxa de acidentes, geralmente devido a negligência ou incumprimento das medidas de segurança.
Contudo, o número de acidentes mortais em minas tem vindo a diminuir significativamente nos últimos anos.
Em setembro passado, 16 mineiros morreram numa mina de carvão igualmente localizada no município de Chongqing, também após uma fuga de gás.
Outros 15 mineiros também morreram, em novembro de 2019, na sequência de uma explosão provocada pela acumulação de gás numa mina na província de Shanxi.
As autoridades chinesas atribuíram na altura a explosão a atividades “ilegais”.
De acordo com dados do observatório laboral China Labour Bulletin, só este ano já se registaram 75 acidentes mineiros no país, resultando em mais de uma centena de mortes.
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