Estas posições foram transmitidas à agência Lusa por José Pedro Aguiar-Branco que está a participar em Washington na cimeira da Assembleia Parlamentar da NATO, que junta 32 delegações de Estados-membros, entre os quais 23 presidentes de parlamentos nacionais.
“Esta cimeira ocorre nos 75 anos da NATO, data redonda que revela a importância da Aliança Atlântica na sua dimensão de segurança e defesa. Há a consciência de todos que hoje está em causa a própria democracia e liberdade e o mundo tal como desejamos que exista numa sociedade livre. Nunca como hoje essa dupla realidade esteve presente entre todos os seus Estados-membros”, declarou o presidente da Assembleia da República.
José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro social-democrata da Defesa, encontra-se em Washington acompanhado pelo vice-presidente da Assembleia da República, o socialista Marcos Perestrello.
Em termos mais operacionais, segundo o presidente do parlamento português, nesta reunião de alto nível da Assembleia Parlamentar da NATO, está em análise o reforço da articulação entre os flancos leste e sul da Aliança Atlântica.
“Embora os riscos imediatos se encontrem no flanco leste, por causa da invasão russa da Ucrânia, há a consciência de que as ameaças são globais. Temos ameaças como a desinformação, muitas vezes por via das redes sociais, que visa criar instabilidade na NATO, designadamente em termos de objetivos de alargamento”, apontou.
Neste contexto, o presidente da Assembleia da República defendeu ainda a necessidade de se criar uma forte linha de comunicação em relação a países terceiros.
“Nesta cimeira, teremos o reconhecimento de que, hoje, os parlamentos têm um papel muito relevante, na medida em que representam diferentes famílias políticas e formam as posições dos diversos países. Quanto maior for a troca de experiências interparlamentar, quanto maior for a articulação, também em maior grau será reforçada a qualidade da Aliança Atlântica”, acrescentou.
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