“Faço um último apelo ao Francisco Rodrigues dos Santos para bem do nosso partido e do país, que tanto precisa de uma alternativa à direita: Ajude a pacificar o CDS da única forma possível. Elejam-se os delegados no próximo fim de semana e realize-se o congresso nas datas agendadas de 27 e 28 de novembro, ou numa data consensual logo após”, escreveu o candidato na sua página na rede social Facebook.
O Presidente da República comunicou hoje ao país que decidiu dissolver a Assembleia da República e marcar eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro.
Na ótica de Nuno Melo, “havia tempo mais do que suficiente para, realizando-se o congresso do CDS em 27 e 28 de novembro, discutir ideias, aprovar uma moção de estratégia global, legitimar a direção que os militantes entendessem dever enfrentar essas eleições e preparar uma campanha digna e atempada”.
O candidato e eurodeputado criticou também que, “quando se realizarem as eleições legislativas, a atual direção do CDS já não estará em mandato e o partido não terá qualquer estratégia aprovada que legitime a estratégia para as legislativas”.
“O adiamento do congresso por receio da derrota, quando dois candidatos estavam anunciados, a 24 horas da eleição de delegados, foi um erro que trouxe grande perturbação e indignação interna e está a custar muito caro ao CDS”, defendeu.
Numa conferência de imprensa para reação à dissolução do parlamento e à marcação de eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro, a porta-voz do CDS-PP foi questionada sobre esta posição de Nuno Melo mas recusou comentar por desconhecer o seu teor.
Ainda assim, Cecília Anacoreta Correia recusou que o congresso eletivo dos centristas se realize antes das eleições legislativas, marcadas para 30 de janeiro, argumentando que o partido tem “apenas seis semanas” para se preparar e apresentar as listas de candidatos a deputados.
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